segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O gel de testosterona ajuda homens de meia-idade?

Quando os homens atingem os 40 anos, os níveis de testosterona começam a cair, em média, 1% ao ano. Muitos optam por suplementos de testosterona como forma de reverter ou adiar mudanças relacionadas à idade, como queda no desempenho sexual e perda de massa muscular. Mas será que esses suplementos são eficazes e seguros?
Este é um assunto cheio de controvérsia no mundo da medicina. Suplementos de testosterona movimentam, hoje em dia, um mercado global multibilionário alimentado por homens em busca da fonte da juventude. Embora alguns médicos afirmem que os suplementos melhoram, de fato, o desempenho sexual e conseguem frear a perda de massa muscular, outros mantêm opinião contrária.
Não é de hoje que especialistas alertam para possíveis riscos de câncer de próstata e de doenças cardiovasculares ligadas ao uso desse suplemento. Por outro lado, outros especialistas afirmam que o risco real para o coração são os baixos índices de testosterona. Dessa forma, o assunto se mantém confuso na literatura médica – mais confuso que a substituição de estrogênio em mulheres.
Na tentativa de resolver estas questões, o Instituto Nacional de Saúde (NIH, EUA) se comprometeu a analisar sete estudos relacionados ao tema. O objetivo era desvendar se o uso de testosterona é realmente útil nas seguintes áreas: desempenho físico, funcionamento sexual, energia, capacidade de raciocínio, densidade óssea, formação da placa aterosclerótica no coração, e anemia.
Cada estudo foi realizado utilizando os melhores métodos possíveis, usando o “padrão ouro” da pesquisa: metade dos homens receberam a medicação verdadeira de testosterona (um gel para colocar na parte superior do braço), enquanto a outra metade recebeu o mesmo gel, mas sem a testosterona. Nem os homens nem os pesquisadores sabiam quem estava recebendo a droga real até a conclusão do estudo, depois de um ano.
Os três primeiros estudos sobre o funcionamento sexual, desempenho físico e nível de energia acabam de ser publicados no New England Journal of Medicine.

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